sexta-feira, 17 de maio de 2024

[CONTO] Vendeta, doce Vendeta

Esta é uma história de Celso Alencar inspirado no Cenário "Crônicas de Serra do Lago/O Sopro".



Serra do Lago, 2007.

                            Helena desperta com o amistoso sorriso de Guilhermina, bem à sua frente: — Bom dia. — saudou a anciã, enquanto a menina conferia as horas.

— A aula, eu vou...

— Não se preocupe, afinal, não é como se realmente precisasse ir. Acho que precisa descansar hoje, está usando várias magias poderosas sem ter um corpo preparado.

— Mas mãe — contrariou-a, a pequena. —, e o vampiro?

— Aquele policial disse que vai cuidar de tudo, por que não dorme mais? A sua irmã já vai chegar da aula. — aconselhou Guilhermina.

                            Enquanto isso, do lado de fora do Colégio dos Pioneiros, um furgão estaciona rente a um dos muros que justamente tinha um ponto cego entre as câmeras.

— Jonathan, vamos mesmo roubar uma escola? —um dos homens perguntou para seu líder.

— Fica de boa, Carlos. — Jonathan o aconselhava. — Você, o André e eu. Teremos um estoque inteiro dessas coisas, só precisamos esperar.

Neste momento, Marisa, Rian, Sete, Mariana e Alexandra estão super concentrados em uma prova de história sobre suas respectivas cadeiras.

                               De uma hora para a outra, o alarme de incêndio começa a tocar e a professora grita: — Vamos evacuar! — disse abrindo a porta rapidamente.

Marisa ao passear os olhos sobre o movimentado corredor agarrou seus amigos pela mochila, inclusive Giulia e os pediu: — Esperem aí.

— A escola ta pegando fogo! — exclamou Sete, querendo se desvencilhar da garota.

— E cadê o fogo? — balbuciou Marisa. — Vamos até o diretor!

Com a ausência de sua irmã, instintivamente, Marisa os guiava em um ato de liderança, mas todos pararam ao ver o escritório do diretor arrombado por três homens misteriosos.

                                    A secretária estava morta, com o tórax afundado na parede e, sem perceber as crianças escondidas em sua volta, Jonathan disse: — O segredo das oito famílias e suas magias, tudo nessa pasta. Nossa missão foi um sucesso, vamos volta...

O homem se interrompeu, porque Marisa pegou o documento que ele segurava e saiu pela porta junto de seus amigos.

— André! — gritou o bandido, para o comparsa e o outro soprou fogo, mas nenhuma criança foi atingida.

— Por aqui! — guiou-os, Alexandra. — Vamos para o ginásio!

OS adolescentes desceram quatro jogos de escapas, até alcançarem as arquibancadas, esbaforidos, sem exceção.

                                      — Eles querem o segredo das famílias, a minha, também está inclusa... — Marisa balbuciou com as mãos, nos joelhos arcados.

Três esferas de luz do tamanho de bolas de basquete saltaram sobre eles, e ao quicarem nas arquibancadas se transformaram nos três bandidos que estavam no escritório.

— Crianças — balbuciava Jonathan, arrogantemente. — Eu, André e o Carlos somos seres poderosos nos entreguem essa pasta e deixamos vocês irem sem nenhum arranhão, é uma promessa.

— Geist! — Giulia gritou estendendo as mãos na direção dos criminosos e Carlos percebeu seus comparsas serem arremessados arquibancada a baixo.

                      — Pessoal! O que houve? — perguntou tão preocupado que quando percebeu Alexandra fazendo saltos ornamentais na sua direção, ativou seu poder de forma ineficiente.

— Geist! — gritou à loira, acertando um chute giratório no rosto de Carlos, era como uma coluna de concreto o acertasse e por isso, ele tombou pelas arquibancadas.

Alexandra percebeu sua perna dolorida e parte da arquibancada destruída, por onde Carlos havia escorregado.

— Não podemos continuar com isso, vamos embora! — Jonathan tocou nos ombros de seus dois comparsas e eles, voltaram a virar esferas luminosas, que saltariam para fora da escola, antes de serem percebidos. Já os adolescentes comemoravam a vitória e recuperação da pasta com os documentos.

— Espera só eu contar para a minha irmã! — gritou uma Marisa eufórica. — Somos invencíveis!

                                                                                          Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

[ARK] DIÁRIO

 Diário de Arthur Reese Koller 2 de outubro A bomba caiu no café da manhã: estamos nos mudando pra uma tal de ilha Drauka. Litoral, mar, bri...