Esta é uma história de Celso Alencar inspirado no Cenário "Crônicas de Serra do Lago/O Sopro".
Serra do Lago, 2007.
Marisa e Helena observam um descampado, inundado por uma série de bolhas
com um castelo medieval ao fundo e ambas as irmãs, sorriam uma para a outra.
—
Deu certo! — exclamou Marisa animadamente.
—
Claro que deu — afirmou Helena. —, assim como no meu primeiro dia aqui. Vamos
treinar tudo bem?
—
O que? Aqui? — Marisa perguntou quase que sem entender nada.
—
Eu percebi que nessa dimensão tudo fica aflorado, então enquanto dormimos você
talvez desperte poderes.
Marisa
fechou os olhos, até que as irmãs ouviram outra voz: — O conceito é muito bom,
você se parece muito com a Dani, mas ainda é ingênua. — completou se referindo
a Helena.
Uma morena de cabelos curtos
sorria para ambas, até que Marisa se escondeu atrás de Helena e balbuciou: —
Marjourie?
—
Incrível não é? — a falecida filha de dona Guilhermina perguntava enquanto
abria os braços. — Parte da minha consciência estava aqui, só esperando pela
minha irmã mais nova.
—
O que você quer com a Marisa? — Helena perguntou invocando sua espada de luz,
instintivamente.
— Eu quero o corpo dela,
saia da frente. — Marjourie ordenou criando quatro espectros estranhamentes
ondulantes e escuros. Todas aquelas sombras atacaram Helena, desodernadamente.
A
loura cortou todos os espectros com simples golpes, mas cheios de maestria: — É
como olhar para uma versão pequena da Dani.
Marjourie
balbuciou no momento que seus espectros se curavam e voltavam a atacar Helena
que por sua vez gritava e uma batalha de dez, intermináveis minutos, começava.
— Irmã!
— Marisa gritou para a ocupada Helena, que a viu ser agarrada pelo pescoço por
Marjourie, enquanto a loura era socada por uma sombra.
—
Irmã? — perguntou-se a falecida. — quem ela é? — a bruxa, com o seu poder
transportaram-as para as lembranças de Helena.
O
Oníron se tornava em algum momento histórico da Alemanha nazista, com guardas
da juventude hitlerista segurando Helena.
—
Que tipo de aberração você é? — ainda segurando Marisa, Marjourie se
perguntava. — Bem, não importa. Adeus, Chaya.
A
bruxa olhou dentro dos olhos da sua irmã menor e vislumbrou o teto de seu
quarto, para depois erguer a palma das mãos do corpo de Marisa.
—
Consegui — balbuciou sentando-se na cama e ao olhar para o lado, viu Helena,
dormindo, ainda presa no Oníron. —, poderia te matar agora mesmo, só que
chamaria muita atenção.
A bruxa reencarnada saltou
da cama para o chão, enquanto refletia: — Não tenho tanto tempo e essa daí vai
demorar a acordar. A Marisa ainda é uma adolescente, mas deve ser o suficiente,
para eu terminar o que comecei.
—
Dessa vez — balbuciava se olhando no espelho. —, não levantarei suspeitas,
talvez eu só mate aquele maldito atirador de flechas.
Enquanto
isso, de frente para outro espelho, Rodrigo tirou seu uniforme policial para
vestir a antiga roupa do vigilante conhecido como: O Observador.
—
Coube direitinho! — exclamava tateando seu tórax e depois fazendo poses de
halterofilistas, casualmente.
— Falavam que
esse cara era um herói, aposto que teve um bom motivo para se esconder atrás de
uma máscara.
—
Tem Tanta coisa aqui. — afirmou o policial com certa tristeza ao saber que iria
apreender todo o material do vigilante de Serra do Lago.
—
E se eu for o Observador por uma noite, afinal tem aquele vampiro solto por ai,
posso achá-lo com as câmeras!
Rodrigo
exclamou animadamente.
Continua...
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