domingo, 6 de julho de 2025

[ARK] DIÁRIO

 Diário de Arthur Reese Koller


2 de outubro

A bomba caiu no café da manhã: estamos nos mudando pra uma tal de ilha Drauka. Litoral, mar, brisa... e conservadorismo com cheiro de mofo, cortesia dos meus pais. A casa nova parece saída de um conto gótico florido — primavera por fora, outono por dentro. Steph fingiu não ligar, como sempre. Eu? Finjo também. Mas talvez essa mudança seja minha chance de deixar pra trás o Arthur medroso de São Bernardo. Quem sabe eu vire alguém que não treme ao pedir ketchup extra. Pequenos passos.

domingo, 15 de junho de 2025

EPR - Magias que Sasha Arno Penzias-Costa criou em 1891

Maldição Liminar de Sasha (Nível 0, Protomagia, 1 ponto)

Receita: Trace um círculo com folhas de Erva do Ruído (Erva nativa da Coréia e de Serra do Lago), no meio desse círculo forme um hexagrama de sal com uma vela em cada vértice. No meio coloque um objeto. Recite em nheengatu:

Urupiki pé maĩna iakaru kamurisa tapete rupi: yandeuru, mirĩ, yandeuru mirĩve, yandeuru mirĩeté.

Traduzindo para o português arcaico, que é outra possibilidade de conjurar:


"Trago os passos em silenço sobre o tapete de camurça: hum círculo, outro menor, outro círculo, menor inda, outro círculo."


Efeito: Dê o objeto encantado a pessoa amaldiçoada. O efeito imediato não é visível. Ele ocorrerá após o primeiro sono maior que 40 minutos. O logos (alma se preferirda pessoa será transportada um espaço liminar criado dentro do Oniron.

Onde ela ficará eternamente presa lá até descobrir a senha pra sair.

Custo: 1 ENG

Itens Necessários: Objeto pessoal da vítima, 6 velas, sal, erva do ruído.

Pré-Requisito: Sala de Ames e Oníron.

quinta-feira, 5 de junho de 2025

[Editorial] Estou cansado, chefe - II

 Oi, voltei.

Minha mãe é uma mulher religiosa. Devota mesmo, dessas que veem a mão de Deus em cada esquina, e que educam os filhos com a Bíblia numa mão e a oração da manhã na outra. Mas minha mãe também sonhava alto — um sonho meio divino, meio burguês. E por causa disso, eu fui uma criança pobre crescendo entre ricos, ainda que só aos domingos.

Nossa igreja não era da quebrada. Era um daqueles espaços modernos clean, com luz fria, telão, café na entrada e música worship tocando em volume alto — onde os pastores falam como executivos e os filhos dos fiéis estudam em colégios com mensalidades de quatro dígitos. Eu ia de chinelo, com camisas que imitavam — mal e porcamente — as dos meus colegas. Tênis falsificados, quase-All Stars, quase-Nikes. 

Minha mãe acreditava que esse convívio me faria bem. Que eu aprenderia a ser “uma pessoa educada”, dessas que falam baixo, leem filósofos e ouvem músicas elevadas. Então ela deu um jeito de me pôr em aula de piano (não sei como pagava), dizia pra eu estudar Platão antes de dormir, e me presenteava com CDs de hinos americanos tocados ao violino, enquanto meus colegas ricos ou ouviam rock, ou escondiam seus próprios vícios musicais em fones caros.

Eu, no fundo, nunca gostei de funk — mas gostaria de ter podido me esconder mais com os funkeiros da escola. Sentar com eles, rir com eles, fazer parte daquele mundo livre de culpa. Ao invés disso, eu ouvia rock escondido, trancado no quarto, com o volume baixo. Minha mãe acreditava que os ouvidos eram portas espirituais — e que o rock era um veneno diabólico disfarçado de guitarra. Cada acorde era uma infração secreta.

Na escola pública, eu era o esquisito. Filho da crente, o que fala difícil, o que não joga bola, o que cita Nietzsche na redação. Um alvo fácil. Mas também não pertencia aos filhos da elite gospel da igreja. Eles sabiam sorrir no tom certo, tinham planos de intercâmbio, sabiam nomear as universidades “de Deus” que frequentariam. Carregavam um senso de pertencimento que vinha da certeza de que estavam no caminho certo. Eu era só um figurante.

Minha criação produziu um paradoxo: educado demais pros meus, pobre demais pros outros. Virei um bicho híbrido, sem manada. E foi nesse entre-lugar que comecei a criar mundos onde eu pudesse existir de verdade.

Foi assim que nasceram "As Crônicas de Serra do Lago". A cidade fictícia, com suas famílias tradicionais, suas liturgias decadentes, seus códigos de honra, nasceu da mistura de raiva e fascínio que eu sentia por esse mundo que me rejeitava e, ao mesmo tempo, me atraía.

A crítica que faço ali — às elites religiosas, aos valores que fingem moralidade enquanto escondem privilégio — vem da minha experiência como infiltrado. Eu era o garoto da classe D que sabia quem era Tchaikovsky, que lia Shakespeare no recreio e fazia piada com a liturgia. Eu queria ser como eles, mas também queria desmascará-los.

Personagens como Daniele — boas apesar do sistema — talvez representem a esperança de que existe algo de humano ali. Mas é na crítica, na sátira e na criação que eu sobrevivo. Que eu me vingo.

E talvez aqui caiba uma menção honesta à minha primeira namorada — uma garota gótica, alternativa, livre, que minha mãe odiava sem nunca tê-la conhecido. Ela era, pra minha mãe, a prova viva da “degeneração do mundo”: tinha 19 anos e não era virgem. Era tudo o que uma mulher não podia ser no vocabulário da igreja. E, por isso mesmo, era tudo o que me fascinava. Eu namorei escondido, tremendo de medo, mas também com um gosto de liberdade que nunca mais senti do mesmo jeito. Minha mãe queria que eu me casasse virgem com uma virgem da igreja. Eu só queria poder amar alguém sem me esconder.

Talvez eu tenha errado muito na vida — e pago o preço. Talvez eu esteja errado sobre tudo. Sobre o que penso, sobre o que vivi. Talvez eu seja injusto até com as classes mais pobres, que, no fundo, quase nunca têm o apoio de ninguém — muito menos do Estado. O que escrevo pode soar como faniquito de menino rico, ainda que rico eu nunca tenha sido. Talvez muitos gostariam de ter tido alguém que os impedisse de cair em certos buracos da vida. Mas aí vem a pergunta: que virtude há em agir certo se o erro não é uma opção? Obedecer por medo não é virtude. É só programação. Tal como robô.

Hoje, tento experimentar pequenas liberdades — pelo menos aquelas das quais não tenho tanto medo. Pois o medo ainda é uma constante. E mesmo fora da casa dos meus pais, não posso me permitir certos luxos que talvez uma adolescente normal pudesse ter. O que mais dói é saber que certas experiências têm seu tempo — e quando ele passa, elas não voltam. Sei disso porque dei esse conselho a uma pessoa que sofreu do mesmo mal que eu: mais jovem, tentando viver aos 30 o que não viveu aos 19. Tentando curtir, dançar, beber, transgredir… mas sozinha, ou mal acompanhada, as experiências vêm com gosto amargo, de atraso. E eu disse a ela o que hoje também sirvo de lembrete pra mim: às vezes, a gente precisa aceitar que certos momentos não voltam. Se isso é injusto, é porque o mundo é injusto. E aceitar isso não é resignação de covarde — é inteligência de general que não desperdiça soldados numa guerra perdida. Só temos uma vida. Temos que vivê-la bem.

E entre todas as consequências da minha criação, talvez a mais silenciosa e devastadora seja essa: a solidão. Fui um adolescente com pouquíssimos amigos. Um jovem adulto ainda mais isolado. E hoje, já casado, sou um adulto sem amigos. Os únicos vínculos reais que mantenho são online — pessoas queridas, mas distantes, que talvez eu nunca veja pessoalmente. E isso não é culpa da tecnologia, nem do tempo. É o resultado de ter sido criado num mundo onde o diferente era perigoso, o mundano era imundo, e a amizade era restrita a quem repetia os mesmos versículos. Cresci aprendendo que confiar em gente de fora era abrir brecha para o diabo entrar. E esse medo social, essa barreira invisível entre mim e o mundo, me acompanha até hoje — como um vidro grosso que me separa das festas, dos vínculos espontâneos, dos grupos que se formam sem esforço. Eu vejo tudo isso de fora. Ainda hoje.

Assim como essa pessoa que aconselhei, eu não aprendi a gostar de baladas. Não aprendi a beber — embora hoje eu já me adapte como bebedor social. Não aprendi a fumar, embora a curiosidade exista. Mas imagino que, se aprendesse agora, pagaria o preço com os pulmões de um velho com enfisema. Não sei curtir shows, me sinto deslocado. Me sinto oprimido em meio a aglomerações. E não, eu não sou autista — e talvez nem mesmo introvertido. Se sou, fui feito assim. Fui condicionado.

Roger Scruton dizia que há duas formas de viver: proteger o que se ama ou destruir o que se odeia — e que a primeira é superior. Mas só pode amar esse mundo quem foi amado por ele. Eu não fui. Tudo que amei me foi censurado. Me foi arrancado. Então não, eu não tenho por que amar esse mundo.

O catolicismo, com todos os seus horrores históricos, ao menos me mostrou uma fresta de humanidade. Foi através da fé aberta e branda da minha esposa católica que eu descobri um outro modo de religiosidade — um que não me amaldiçoava por existir.

sexta-feira, 30 de maio de 2025

[Editorial] Estou cansado, chefe.

Antes de mais nada, gostaria de saudar todas as garotas emo, góticas, egirl, funkeiras, e alternativas em geral.

Dizem que minhas personagens femininas no RPG são marcantes... Acho que sei o porquê, e você vai entender ao final desse desabafo.

Tem uma onda varrendo a internet ultimamente — e tá exaustivo. Onde quer que eu olhe, parece que vejo a mesma imagem reciclada: a tradwife, ou “esposa tradicional”. Ela aparece em foco suave, talvez com um vestido de gingham, assando um pão de fermentação natural, exaltando as virtudes da submissão, dos papéis de gênero tradicionais e de uma estética dos anos 1950 que a maioria de nós nunca pediu de volta. E, sinceramente, tô cansado, chefe.

Não tô bravo com mulheres que escolhem o que funciona pra elas. Não é sobre isso. Autonomia é autonomia, mesmo que leve a aventais e touquinhas de bebê. O que me cansa é a idolatria desse papel como se fosse uma correção moral à feminilidade moderna — apresentado como antídoto às “falhas do feminismo” ou ao caos da libertação sexual. Como se o mundo fosse curado se as mulheres apenas sorrissem mais, postassem menos e voltassem a cozinhar batatas pro jantar do marido.

Sou um homem dos anos 2000  — criado na bagunça cultural do final dos anos 90 e começo dos 2000. Era uma época que involuntariamente fomentou boa parte dos retrocessos de hoje, Trump, Bolsonaro, etc, pois foi o período de ascensão evangélica no Brasil e a "democratização da pornografia" via internet (embora essa tenha tido um efeito contraditório, onde a mulher foi vulgarizada como coisa, mas ao mesmo tempo os homens queriam pela primeira vez saber quem era a mulher por detrás do corpo escultural). E me tornei em parte por causa disso um reacionário... Até que cansei. E então comecei a ver que que esse "destrismo" na verdade era uma negação dos princípios que gostava no meu tempo. Comecei a perceber que na verdade, eu cresci numa época em que estávamos aprendendo, talvez de forma desajeitada mas sincera, a valorizar mulheres complexas. Mulheres independentes. Mulheres esquisitas. Mulheres que não sorriam sob comando. Então, de repente, tudo desandou.

Tínhamos as garotas góticas, emo, riot grrrls. Mulheres que não fediam a felicidade doméstica — estavam escrevendo poesia no blog, pintando as unhas de preto e gravando CDs que soavam como um coração partido em estéreo. A gente se apaixonava por elas não porque queriam nos servir chá, mas porque lembravam que as mulheres tinham profundidade. Eram arte. Eram selvagens. Eram humanas.

Então descobri depois dos 30, depois de militar por causas nefastas, que não era aquilo que eu queria. Eu queria aquilo que os anos 2000 me prometeram, e o capitalismo não entregou. Não diria ainda que sou um progressista. Mas certamente não sou mais um reacionário. Eu simplesmente, estou cansado do que o mundo se tornou. E vejo que de certa forma, os "novos velhos valores conservadores", está destruindo o mundo que eu amei, e trazendo como sempre, ameaças a liberdade das vítimas de sempre, as mulheres.

Então voltamos ao RPG... Acho que decidi transpor aos poucos essa energia criativa para o RPG, por isso minhas personagens femininas são tão marcantes. Gosto de mulheres que tenham personalidade forte. Que ousem falar, que ousem gritar, mesmo que as vezes digam coisas que eu não quero ouvir. A minha percepção sobre isso ficou ainda mais intensa ao jogar uma variedade steampunk do cenário de Serra do Lago. Garotas recatadas e de papéis de gênero tradicionais são extremamente entediantes. Elas quase não falam, seus parceiros tem total autonomia, e ela parecem que estão ali só de enfeite. A gente simplesmente se esquece que elas existem. Você pode até dizer que alternativas são quebradas, são problemáticas e vão te meter numa terapia... Mas honestamente... O tédio também leva a terapia. E se é pra dar dinheiro pra psicólogo, que eu pelo menos tenha boas risadas e uns porres pra me arrepender.

segunda-feira, 26 de maio de 2025

EPR - Terremoto - A magia da escola da terra que estava faltando.

Terremoto (Nível 2, 2 pontos).

Fernanda Aagard

Terremoto (Nível 2, 4ENG)

Causa um tremor de terra que desequilibra todos na área, menos o conjurador. Caso os alvos não passem num teste de HAB menos a margem de sucesso do conjurador, eles ficam desequilibrados e sofrem uma penalidade de 50% na HAB enquanto o tremor durar. O tremor dura enquanto o conjurador sustentar o feitiço. A área do tremor é igual INT+NPM do conjurador em metros.

Custa 4 de ENG para fazer o tremor e +1 para sustentá-lo.

Pré-requisito: Projétil de Pedra.


Qualitativo: Excluir Aliados do Efeito, custa +2 ENG.


Ampliação 1: (+50%; Nível 3, 6ENG)

Aumenta a área para INT+NPM+50% em metros.

Ampliação 2: (+100%, Nível 4, 8 ENG)

Aumenta a área para INT+NPM+100% em metros).


Parede de Terra (Nível 3, 2 Pontos)

Descrição: A parede de terra é uma mureta de cerca de 1.50m de altura que serve de proteção contra ataques de projéteis. Ela fornece +2 na RES e possui uma RD de 5.

Tempo de Conjuração: 1 turno.

Custo de Energia: 3 ENG

 Pré-Requisito: Poder Mágico 3, terremoto.

quarta-feira, 30 de abril de 2025

EPR - Protomagias [REALITATE 1.5]

Créditos: Microsoft Bing Image Creator
PROTOMAGIAS

Em algum lugar entre a religião e a magia, esses ritos parecem operar em caminhos misteriosos. Em geral possuem uma duração ampliada em relação às magias conhecidas, mas não possuem uma tradição arcana reconhecida em nenhum dos três Arkaneus ou pelas Hordas Karpovitas. Às vezes chamadas de magias falsas, ou simpatias, as protomagias não possuem nível, e podem ser realizados por qualquer um e se encontra facilmente numa pesquisa de internet, requerendo apenas um teste de INT perante um computador, não é necessário Poder Mágico para realizá-los.

Na maior parte dos casos ele fornece durante 2d6 de dias uma peculiaridade positiva ou bônus em situações muito específicas.

Feitiço de Proteção com Sal e Alecrim

Objetivo: Criar uma barreira energética contra influências negativas em uma área fixa. A área é equivalente ao tamanho da região onde se colocam os ingredientes. Uma quantidade minima é capaz de proteger um cômodo de 10m².

Por quantidade mínima, entenda-se 400g de sal, 4 ramos de alecrim, 1 vela.

Materiais: Sal marinho, ramos de alecrim, vela branca.

Procedimento: Traçar um círculo com o sal ao redor do espaço desejado, posicionar os ramos de alecrim nos quatro pontos cardeais e acender a vela no centro, visualizando uma luz protetora envolvendo o local. Procedimento demora 12 turnos para cada 10 m². Não tem como fazer menor que isso.

Sistemático: Teste de INT ao fim do encantamento, e todos na área recebem os benefícios. Dura 2d6 de dias abençoando a área. Pode ser substituído por teste de Ocultismo.

Benefícios:

Deve-se escolher dois de três:

· +1 em INT  para resistir a influências psíquicas

· +1 em RES para resistência física.

· +1 para Defesa contra Magias de Encantamento (Mas não contra magias de invocação e projétil).

Feitiço de Clareza Mental com Camomila

Objetivo:
Acalmar a mente e conceder clareza de pensamento e foco. Funciona em uma pessoa por vez. Ideal para momentos de confusão, raciocínio sobre pistas ou leitura de grimórios complexos.

Materiais:
Chá de camomila recém-preparado, ametista pequena (de uso ritualístico), incenso de lavanda aceso.

Procedimento:
Durante o pôr do sol, o alvo deve beber o chá enquanto segura a ametista com a mão esquerda e inspira a fumaça do incenso. A meditação deve durar 12 turnos.
A ametista deve ser segurada com a mão direita enquanto se declama uma poesia sobre fé na luz e na esperança.

Sistemático:
Teste de INT ou Ocultismo.
Se bem-sucedido, recebe os efeitos por 1d4 horas.

Benefícios:

Deve-se escolher dois de três.

• +1 em testes de INT para resolver enigmas, decifrar textos ou análises complexas.
• +1 resistência psíquica de defesa contra medo.
• -1 em rolagens de verificação e pânico.

Feitiço de Prosperidade com Moeda e Canela

Objetivo:
Atrair oportunidades financeiras e favorecer sorte em negociações e jogos de azar. Funciona apenas para quem carregar o talismã.

Materiais:
1 moeda (precisa ser circulada), pitada de canela em pó, vela verde e anexada a um cordão.

Procedimento:
Polvilhar a moeda com canela enquanto a vela é acesa. A moeda é pressionada contra a testa e o coração, em ordem. Após isso, deve ser guardada com o portador na forma de um colar, anexando um cordão. O procedimento demora 12 turnos pra ser feito.

Sistemático:
Teste de INT + NPM após colocar o colar.
A moeda se torna um talismã ativo por 1d4 dias.

Benefícios:
• +1 em jogadas de Negociação, Persuasão ou Comércio.

Feitiço de Amor com Maçã

Objetivo:
Efeito maquiagem esotérica, aprimora a percepção estética do alvo em relação ao usuário, melhorando as chances de um envolvimento romântico caso necessário.

Materiais:
1 maçã vermelha, fita vermelha, papel com o nome da outra pessoa.

Procedimento:
Cortar a maçã ao meio, colocar o nome escrito no papel entre as metades e amarrar com a fita. Uma fatia da maçã deve ser ingerida pelo alvo, não precisa ser grande. O fruto deve ser enterrado sob solo vivo (jardim, vaso, floresta). Dura 1d6+1 dias ou até a maçã apodrecer completamente (8 dias).

Sistemático:
Teste de INT ou Ocultismo.

Se bem-sucedido, afeta a percepção estética dos alvos.

Benefícios (enquanto durar):
• +1 em quaisquer jogadas que envolvam APA.


Feitiço de Boa Fé

Objetivo:
Melhorar a probabilidade de ser bem recebido ou bem avaliado por pessoas que você não conhece.

Materiais:
Um saco de chá vazio. Camomila e Erva Coreana do Ruído, Faca.

Procedimento:
Picar Camomila e a Erva Coreana do Ruído. Faça bem pequeno e deixe secar ao sol por algumas horas. Embale no saco e sirva como chá. As propriedades calmantes da camomila se combinarão com as propriedades mágicas da Erva do ruído e produzirão uma boa recepção. Dura 12 horas o efeito.

Deve ser servido como chá aos alvos.

Sistemático:
Teste de INT, Culinária ou Ocultismo.

Se bem-sucedido, afeta o modificador de reação dos alvos.

Benefícios (enquanto durar):
• +1 em qualquer jogada de reação diante de um desconhecido.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

[THE REPLORG] Um vislumbre do amanhã: Vampirismo e Croppavírus

 CroppaVirus: A Maldição Sintética

Origem e Desenvolvimento

O CroppaVirus nasceu nas instalações ultra-secretas da CyberDesign Initiative, uma subsidiária da Brazil Robotics, como resposta ao impasse crescente no mercado de aprimoramento humano. A PlorgTech já dominava a indústria de Replorgs, biorrobôs projetados para substituir humanos em setores industriais, militares e até sociais. No entanto, a CyberDesign percebeu que o programa Cleansing—a política de eliminação e substituição de unidades defeituosas—poderia gerar resistência social e consequências políticas indesejadas. Uma alternativa se fazia necessária.

A ideia era revolucionária: um vírus sintético capaz de reconstruir o corpo humano ao invés de substituí-lo por próteses. Uma evolução biológica forçada. O CroppaVirus foi desenvolvido com engenharia genética avançada, utilizando vetores virais projetados para reconfigurar músculos, tendões e sistema nervoso, amplificando a força, velocidade e resistência a níveis sobre-humanos.

O experimento, no entanto, saiu do controle.

Efeitos da Infecção

Os indivíduos contaminados pelo CroppaVirus de fato experimentam um aumento brutal em suas capacidades físicas. Seus reflexos se tornam mais rápidos que os de qualquer atleta olímpico, seus músculos, mais resistentes que os de um soldado modificado. Mas essa evolução tem um preço:

  1. Necessidade de Sangue: O CroppaVirus ataca e consome as hemácias do hospedeiro, obrigando-o a repor sangue periodicamente. O período crítico varia entre 12 a 36 horas, dependendo do metabolismo individual. Se o infectado não se alimentar dentro desse prazo, o vírus começa a causar enrijecimento muscular severo. O corpo torna-se rígido, os tendões perdem flexibilidade e, eventualmente, a vítima fica completamente petrificada, incapaz de se mover.

  2. Fotossensibilidade Extrema: Os infectados apresentam aversão severa à luz solar. Durante o crepúsculo, a luz do Sol ainda abaixo do horizonte causa queimaduras leves. Mas assim que o disco solar cruza o horizonte, os efeitos se intensificam: queimaduras profundas, carbonização da pele e, em exposição prolongada, destruição completa do corpo. Luzes artificiais comuns são suportáveis, mas iluminação intensa pode ser desconfortável e, em alguns casos, debilitante.

  3. Rejeição a Implantes Biomecânicos: O CroppaVirus reage violentamente à presença de tecidos sintéticos de carbonato de zerônio, um material amplamente usado em implantes biomecânicos. Hospedeiros infectados com próteses de músculos artificiais ou interfaces neurais sintéticas sofrem necrose severa dos tecidos biônicos, levando à perda dos membros implantados de forma extremamente dolorosa.

Propagação e Contágio

O CroppaVirus não é uma infecção de fácil transmissão. Ele não se espalha pelo ar, pela água ou pelo contato casual. A única forma conhecida de contágio é através da mordida de um infectado. O vírus é altamente concentrado na saliva, e há relatos de transmissão até mesmo por contato direto com o esmalte dentário.

Essa limitação de transmissão impediu que o CroppaVirus se tornasse uma pandemia global, mas sua natureza seletiva o tornou uma arma biológica perfeita para certos grupos clandestinos. Organizações criminosas e células de resistência têm explorado a infecção como um ritual de iniciação, criando soldados híbridos com habilidades sobre-humanas à custa de sua humanidade.

Relação com os Replorgs

Curiosamente, os Replorgs são completamente imunes ao CroppaVirus. Pesquisas indicam que o vírus não possui as enzimas necessárias para infectar células compostas de carbonato de zerônio, que formam a base estrutural dos tecidos sintéticos dos biorrobôs. Essa peculiaridade levanta uma hipótese perturbadora:

Se a CyberDesign pretendia substituir a humanidade por versões aprimoradas, por que desenvolveram um vírus que ataca apenas humanos, enquanto os Replorgs permanecem intactos?

Teriam criado, acidentalmente ou não, uma forma de extermínio seletivo?

Status Atual

Atualmente, o CroppaVirus é considerado um segredo de Estado. As corporações envolvidas negam sua existência, enquanto rumores circulam nas redes profundas de Valex City. Alguns infectados vivem escondidos, alimentando-se do submundo da cidade. Outros foram caçados e eliminados por esquadrões corporativos.

Mas há um sussurro no vento.

Um rumor de que os "Crópteros", como são chamados, começaram a se organizar.

Eles estão à espreita. E querem vingança.

[ARK] DIÁRIO

 Diário de Arthur Reese Koller 2 de outubro A bomba caiu no café da manhã: estamos nos mudando pra uma tal de ilha Drauka. Litoral, mar, bri...