sábado, 25 de setembro de 2021

[INSULAR] Morre Peeka-peer aos 250 anos

Sonor, 4 de Veraneio de 230 d.c. 



O vivente mais velho do mundo, o halfling Peeka-peer, faleceu hoje em Sonor, aos 250 anos em sua casa por causas naturais. Sendo a última testemunha viva e consciente dos eventos da grande catástrofe, ainda é um mistério a razão de sua lôngeva vida, uma vez que os halflings vivem em média cerca de 90 anos. Peeka-peer nunca mencionou nada para seus filhos, netos e bisnetos, mas provavelmente registrou tudo em suas vastíssimas obras, escritas ao longo de seus dois séculos de vida intelectual. Era considerado pela côrte de Wellas VI e de Kalak II o intelectual mais respeitado do mundo em matéria de História e Filosofia. Já fez inúmeras conferências na Universidade Arcana de Ática e tinha Valentinus, grão-mestre da Assembléia Universal dos Fiéis da Virtude e do Autor como seu grande amigo.

Em seu testamento, escrito no início do presente ano, deixou de herança seu acervo com mais de 4000 obras escritas, para várias instituições das raças nobres. 1000 volumes sobre história e teologia foram dadas em herança a Tomis de Merchantry, reitor do Grande Seminarium em Surnalis. 1000 volumes sobre filosofia foi entregue à côrte de Wellas VI em Austral. 1000 volumes sobre magia foi dada a Universidade Arcana de Ática nas mãos do mago Lucius e de sua esposa Ária Volitir, reitora da universidade. E por fim, os últimos 1000 volumes com temática desconhecida foram entregues ao rei Snir dos elfos negros em Austral.

A respeitabilidade de Peeka-peer era tamanha, que mesmo os elfos negros decretaram luto oficial de uma semana em razão da morte do grande cérebro que contou o pouco que se sabe sobre o mundo que antecedeu a Catástrofe. A enorme maioria das obras são inéditas e muitos intelectuais estão curiosos para conhecer o seu conteúdo. Espera-se que elas possam trazer luzes não apenas sobre sua extraordinária longevidade mas como também ampliar o conteúdo de sua obra mais importante: "O mundo que conheci: 10 a.c à 200 d.c.", que é um relato testemunhal e uma sólida investigação histórica das épocas indicadas.

Alguns estudos preliminares já feitos no Grande Seminarium de Surnalis trouxeram boas opiniões acerca de algumas das ideias de Peeka-Peer. Tomis de Merchantry, o superior geral da ordem, avançou alguns comentários no jornal O Trovador de Surnalis; segundo ele: 

"-No tomo IV da obra póstuma "A história da tradição dos elfos" de Peeka-peer traz algo que bem conhecido por nós, aslameristas. A religião ancestral tal como existe é uma versão corroída da verdadeira tradição élfica que se perdeu com a Catástrofe, que foi causada pela luta sem limites entre elfos e elfos negros, o que levou a uma luta cataclísmica de magos ultra-poderosos. A verdadeira tradição élfica não acreditava na Entropia como o fim do mundo, mas como o início de uma nova era, onde os princípios da Virtude e do Vício encontrariam o equilíbrio e não necessariamente através da destruição do mundo. O que é condizente com o que Aslameru Ichté nos revelou".

A ala conservadora da Assembléia não se pronunciou sobre estas declarações, mas que estas declarações muito provavelmente não os agrada, é de conhecimento público.

Em Ática, Ária Volitir, reitora da Universidade Arcana e autora do popular "Principia Magia", obra introdutória para alunos da universidade, também avançou com alguns comentários preliminares. 

- Havia magias extremamente poderosas que são impossíveis de se executar hoje sem uma reserva de mana gigantesca igual ou maior que a da novamente desaparecida Pedra do Tritão. Peeka-peer conta que Olore guardou um tomo num forte nas colinas de Maiar-Atur, contendo uma magia de viagem no tempo. Sabemos por meio de Peeka-peer em seu magnum opus que Maiar-Atur se tornou o continente norte, mas onde nele exatamente, não se sabe onde.

Ninguém da côrte de Wellas VI se pronunciou ainda sobre o conteúdo dos tomos que lhe dizem respeito e o rei Snir ainda não delegou ninguém para o estudo dos tomos que lhe cabem.

[ARK] DIÁRIO

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